A Ferroviária foi tombada como patrimônio imaterial de Araraquara pela COMPPPHARA (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Arquitetônico, Paleontológico, Etnográfico, Arquivístico, Bibliográfico, Artístico, Paisagístico, Cultural e Ambiental do Município de Araraquara) e apoiado pela Secretaria Municipal da Cultura e Coordenadoria de Acervos e Patrimônio Histórico. A solicitação partiu da vereadora Fabi Virgílio (PT) e do vereador Marcos Garrido (Patriota), além de ter sido assinada por todos os vereadores de Araraquara.

Além da Ferroviária, também foi tombado como patrimônio imaterial da cidade, o pórtico da fachada do Estádio da Fonte Luminosa (Dr. Adhemar de Barros), que mantém sua forma original desde a fundação, em 1951.

Para a secretaria municipal da Cultura, Teresa Telarolli, a Ferroviária é das poucas unanimidades em Araraquara. “Concentra um acúmulo de identificação e afeto incondicionais. O seu reconhecimento como patrimônio imaterial, assim como o tombamento do pórtico da fachada, traduz com fidelidade a necessidade imperiosa de tornar prevalentes a memória afetiva e a história que se iniciaram há mais de meio século”, falou.

Weber Fonseca, coordenador de Acervos e Patrimônio Histórico da cidade, afirmou que tal ação consolida o clube como referência cultura de Araraquara. “O reconhecimento da AFE e dos arcos como parte integrante do patrimônio cultural da cidade, assegura que o time de futebol se consolide como referência de identidade cultural na cidade tanto pela sua trajetória histórica como pela marca AFE; e o complexo urbanístico, cultural e esportivo, conhecido como ‘Fonte Luminosa’ – que compreende o estádio Dr. Adhemar Pereira de Barros, além do Museu do Futebol e Esportes de Araraquara – possui uma relevância na paisagem urbana, sendo suporte para a manutenção da cultura futebolística da cidade”, declarou.

O coordenador ainda ressaltou a cor grená. “É uma referência histórica às cores dos vagões e locomotivas da EFA, tornando-se posteriormente um símbolo entre os torcedores e reconhecida para além dos limites territoriais como um componente da memória afetiva individual e coletiva da cidade.”

Alguns fatores, de acordo com Weber, levaram ao tombamento da AFE, foi a “efeméride dos 70 anos completados em 2020 da fundação da Associação Ferroviária de Esportes, por um grupo de engenheiros e servidores da Estrada de Ferro de Araraquara (EFA), em abril de 1950, sendo a cultura ferroviária fundante na formação da identidade da cidade, além das campanhas esportivas e a indiscutível paixão dos torcedores em qualquer instância de campeonato.”