Capitã de grandes conquistas da Ferroviária. Ergueu os troféus do Paulista de 2013, Copa do Brasil e Brasileiro 2014, e Libertadores 2015. Ela retornou ao clube na última temporada e atingiu a marca de 200 jogos pelas Guerreiras Grenás. Daiane relembrou grandes momentos da conquista continental e da emoção de levantar aquele título.
Uma das remanescentes do time que ganhou tudo nos anos anteriores, Daiane foi um dos pilares da reformulação que aconteceu na equipe em 2015, com a ida de jogadoras para a Seleção Permanente. “Apareceu a oportunidade das meninas mais jovens jogarem. Acho que foi importante para elas e para nós. Tínhamos confiança total nelas. Luana chegou bem novinha aqui e hoje é uma das melhores zagueiras do Brasil. Nunca foi problema para gente. Sempre procuramos nos respeitar, foi importante essa mescla e tinha que acontecer exatamente isso, se não, talvez, a história poderia ter sido outra”, afirmou.
Por tudo que aconteceu em 2015, a capitã do título destacou a união da equipe naquele ano. “Era nosso primeiro ano ali, ninguém conhecia a Ferroviária. Para muitos, nós éramos os azarões. Mas para nós, não. Sabíamos da nossa qualidade e capacidade para conquistar o título. Aquele grupo foi muito importante, a gente se fechou demais, nos unimos muito. Era a oportunidade de não ser um ano perdido e acabamos conquistando o maior título que a Ferroviária tem até hoje”, falou Daiane.
Assim como as outras atletas entrevistadas pelo site oficial da Ferroviária, Daiane relembrou a partida contra o São José. “Era o time a ser batido naquela época. Tinha uma grande equipe, que era dirigida pela Emily e havia uma rivalidade muito grande. A Nenê fez o gol no começo e depois foi uma pressão total do São José. Nos defendemos o tempo inteiro, tentando achar um contra-ataque, mas foi aquele jogo de superação, demos a vida ali dentro e conseguimos a vaga para final.”
Dentre as lembranças da capitã, a mais especial não poderia ser outra. “Eu levantando a taça. Sem dúvida nenhuma. Aquele momento ficou marcado na minha história, a alegria das meninas, a nossa superação. Passava um filme muito grande na nossa cabeça naquele momento. E foi até hoje, na minha história, o momento mais marcante”, finalizou.
Texto: Jonatan Dutra/Ferroviária SA
Foto: Tetê Viviane