Com o final do Campeonato Brasileiro Sub-16, a ex-Coordenadora de Futebol Feminino da Ferroviária, Ana Lorena Marche comemorou o ano positivo do clube, que esteve presente em todas as finais e semifinais das competições disputadas em 2019.
A Ferroviária passou por uma reformulação no início
da temporada. Nova treinadora, novas atletas compondo o elenco e a equipe foi ganhando
corpo durante o ano. Os objetivos eram claros: chegar entre as quatro melhores
equipes do Brasil e do Estado. “Foi um ano muito especial, em que superamos
todas as nossas expectativas. Sabíamos que tínhamos um time que estaria nas
grandes disputas. Alcançamos o nosso objetivo no Paulista e superamos nossas
expectativas no Brasileiro, conquistando esse título muito especial. Na base
tivemos um ano muito movimentado, com novas competições, como a Copa Nike e o
Brasileiro Sub-18. Fizemos uma grande campanha no Paulista Sub-17, conquistamos
o título do Festival da Federação Paulista de Futebol sub-14, além do terceiro
lugar no Brasileiro Sub-16, agora é seguir o trabalho para que possamos
continuar brigando por títulos”, afirmou Lorena.
Com o título nacional, a Ferroviária colocou três atletas na seleção do
campeonato. Luciana ganhou o prêmio de melhor goleira, após conquistar a mesma
premiação no Paulista. A capitã da equipe, Maglia, ganhou o prêmio de melhor
volante. Aline Milene foi a melhor volante/meia. Além delas, a comandante
Tatiele Silveira, primeira mulher a ser campeã brasileira como treinadora,
conquistou o prêmio de melhor técnica.
No meio do caminho, surgiu a possibilidade de disputar a Copa Libertadores da América, no Equador. A Ferroviária foi convidada a participar, após a extinção da equipe do Rio Preto, vice-campeão Brasileiro em 2018 e da desistência do Flamengo, terceiro colocado na ocasião, por ter parceria com a Marinha e disputar os Jogos Militares, na China, que coincidiram com as datas da competição continental. “Com a quarta posição do Brasileiro do ano passado, recebemos o convite e aceitamos de prontidão. É uma competição diferente, onde enfrentamos escolas de vários países da América do Sul, um campeonato muito difícil, mas que conseguimos manter nossa regularidade e chegar a mais uma final, conquistando o vice-campeonato”, contou a ex-coordenadora.
“O FUTEBOL FEMININO VEIO PARA FICAR”
O ano de 2019 foi especial para o futebol feminino nacional. Quebras de recordes nos estádios, transmissão da Copa do Mundo Feminina em rede nacional e o público acompanhando cada vez mais. “Podemos dizer que esse ano foi um marco para a nossa modalidade. Foi uma temporada que mostrou que o futebol feminino veio para ficar e para ser um mercado, onde marcas estão sendo expostas para o mundo inteiro e você pode ter uma visibilidade muito grande com o futebol feminino. Esse ano mostrou, também, que as pessoas querem consumir a modalidade. A final do Campeonato Brasileiro mostrou que a televisão que transmitiu a partida teve números expressivos e recordes de audiência, sem contar o Parque São Jorge totalmente lotado. Então, 2019 é um divisor de águas para o futebol feminino e é um caminho sem volta, a tendência é seguir crescendo”, relatou Marche.
EXPECTATIVAS PARA O ANO QUE VEM
Em 2020, a Ferroviária terá calendário cheio com Campeonato Brasileiro, Paulista e Copa Libertadores da América, desta vez sendo disputada no Chile, além dos campeonatos de base. As expectativas para o ano que vem são as melhores, de acordo com a ex-coordenadora. “O torcedor pode esperar muita raça. Uma Ferroviária brigando por títulos e entre os grandes, é isso que a gente vislumbra para o ano que vem. Estar entre os quatro primeiros do Campeonato Paulista, Brasileiro e Libertadores. É uma equipe realmente disputando títulos e uma categoria de base cada vez mais forte”, finalizou.
Texto: Jonatan Dutra/Ferroviária SA
Foto: Ferroviária SA